sábado, 9 de maio de 2009


05:27 da manhã. Saio da cama contra a minha vontade. Estranho, mas é como se estivesse sob proteção do cobertor. Está frio e o dia permanecerá chuvoso ( pelo menos acredito que sim ).

(...)
06:00. Saindo de casa mais cedo pra evitar engarrafamentos. Meus pés são invadidos pela água e num pedido de socorro se põem a correr procurando fugir de um suposto afogamento. Entro no carro e ufa! Agora sim, vou à aula! O caminho não é tão longo, mas enquanto as gotas d'água fazem "poc poc" no vidro do automóvel, me ponho a pensar em certas injustiças que apertam o nó da minha (e espero que da sua) garganta. É inegável que tanta chuva é motivo de louvor para populações sertanejas, pois sua sede será saciada, sua plantação gritará clorofila e consequentemente terá o pão de cada dia. Porém, ao se tratar do excesso, o que era um sonho realizado torna-se um triste pesadelo. Casas deslizam como se fossem projetadas numa rampa ensaboada, lágrimas e gritos de horror procuram indivíduos soterrados ou afogados numa enxente que parece desconhecer o fim. Saliento que proteger a natureza é crucial para garantir a qualidade de vida das futuras gerações, mas indo além, acredito que chegar ao ponto termos que nos proteger dela é um problema que se insere na péssima distribuição de renda deste país, na discriminação das populações periféricas e do descaso que NÓS tratamos essa deprimente realidade. Enquanto estivérmos nos escondendo numa bolha opaca, continuaremos dos deparando com mortes que por uns instantes podem até nos deprimir, mas até quando? Infelizmente a sociedade está se congelando e o sentimento de igualdade transformando-se num iceberg. Talvez seja utopia, mas ainda sou do tipo que acredita que o amor é a solução mais eficaz para esse e tantos outros problemas. E repito aqui o que Renato Russo cantava e encarecidamente apelava: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, por que se você parar pra pensar, na verdade não há!"


• Recicle seus conceitos. Inove. MUDE!!

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